quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Seminário Presença Indígena em Balneário Camboriú


Seminário Presença Indígena em Balneário Camboriú

Será dia 1 de Outubro de 2013 no Centro Educacional Vereador Santa, em Bal. Camboriú, SC.
Fica na Rua 2.450, n 420, Centro.

A necessidade de levar o tema aos servidores e moradores de Bal. Camboriú surgiu devido à forte presença indígena no verão vendendo seus artesanatos.



Programação
      Manhã
  • Abertura: 8h00min
  • Mesa 1: Introdução ao tema “Guarani, Kaingang e Xokleng (La Klãnõ), quem são?
Mediador: João Maurício Farias - FUNAI
Palestrantes: Cinthia Creatine, Antropóloga; Luiza Wittman, Historiadora UDESC; Indígenas Kaingang e Guarani;
Filme: Documentário sobre Povos Indígenas
Debate

      Tarde
  •  Mesa 2: Artesanato indígena mantém tradição cultural e gera renda
Mediador: Guilhermina Stuker – Diretora de Artes FCBC
Palestrantes: João Maurício Farias – FUNAI; Cinthia Creatine, Antropóloga.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Indígenas dão prazo para solução de impasse sobre demarcações no RS

 

Reunião na sede do MPF em Porto Alegre termina sem acordo.
Índios ameaçam agricultores e falam em 'derramamento de sangue'.

Indígenas deram prazo de um mês ao governo federal para iniciar a entrega de reservas já demarcadas no Rio Grande do Sul. A questão foi discutida na tarde desta quarta-feira (4), em Porto Alegre, em reunião com representantes dos governos federal e estadual que terminou sem acordo.
O encontro na sede do Ministério Público Federal (MPF) contou com a presença do ministro da Secretaria da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e do chefe de Gabinete do governador, Ricardo Zamora, além de representantes do Ministério da Justiça, do MPF, do Incra e da Funai.
Durante a reunião, o governo estadual reiterou a oferta de disponibilizar 6,4 mil hectares de terras para reassentamentos, tanto de indígenas quanto de agricultores. “São áreas da CEEE e da Cesa. Poucas áreas são da administração centralizada, então nós temos que fazer todo um processo com a Fazenda para dispor dessas áreas”, explicou Zamora.
 
A proposta, no entanto, não agradou aos indígenas. Uma nova reunião foi marcada para o dia 7 de outubro para tentar resolver o impasse. Os indígenas, no entanto, exigem que os governos apresentem uma proposta concreta até o dia 2 de outubro.
Caso contrário, ameaçam expulsar os eventuais ocupantes das terras pela força. “Nós queremos demarcação oficial, homologada e assinada pelo presidente da República e registrada em cartório de imóveis do município. Senão, nós mesmos vamos demarcar nossas terras. E se houver derramamento de sangue, vai ser tudo culpa do governo federal”, afirmou Augusto Silva, membro do Conselho de Articulação Indígena Caingangue.
O ministro Gilberto Carvalho disse que o governo federal não vai rever a decisão de entregar as terras demarcadas para os índios, mas garantiu que os atuais proprietários serão ressarcidos. “Temos que assegurar essa indenização porque o mesmo estado que titulou, o governo federal ou o governo estadual, é responsável por não permitir que essas pessoas, do dia pra noite, fiquem privadas dos seus direitos”, declarou.
Cerca de mil famílias de agricultores gaúchos moram em áreas demarcadas pela Funai. Para Gilberto Carvalho, esses agricultores são vitimas da colonização feita em áreas que, no passado, não eram consideradas territórios indígenas.
Além das 10 áreas já demarcadas, outras 50 estão sendo reivindicadas pelos índios. “Seguramente não é uma questão de meses, é uma questão que vai se prorrogar um ano, dois anos, três anos, pra resolver todo o problema. Mas tem que ser iniciado imediatamente”, recomendou o secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan.
Durante a reunião, um grupo de indígenas protestou na frente do prédio do MPF, com lanças e flechas. Ao final do encontro, eles cercaram e chegaram a impedir por alguns minutos o chefe de gabinete do governador, Ricardo de Zamora, de sair do prédio. Além da presença da Brigada Militar, caciques que participaram do encontro acalmaram os ânimos.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

FUNAI defende demarcação de Terras Indígenas na Expointer, Esteio, RS



O Fórum Soja Brasil realizado na noite desta quinta, dia 29 de agosto, na Expointer 2013, em Esteio, Rio Grande do Sul, teve presença da Coordenação Regional do Litoral Sul da FUNAI, com o Coordenador Regional João Maurício Farias.


Participaram do debate o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) Eduardo Riedel; o presidente da Aprosoja-RS e prefeito de Tapera (RS) Ireneu Orth; os deputados federais Jerônimo Goergen, Luis Carlos Heinze e Alceu Moreira; o advogado Rudy Ferraz, consultor jurídico da Frente Parlamentar da Agropecuária; representante do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Roberto Liegbott e o coordenador do Conselho de Articulação do Povo Guarani no Rio Grande do Sul, Maurício Gonçalves.
 
 

 

O coordenador regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) para o Litoral Sul, João Maurício Farias, que esteve no debate representando a presidente interina do órgão, Maria Augusta Assirati, concordou com a avaliação do deputado sobre a origem do problema.

– O Brasil tem uma dívida histórica com os povos indígenas, um passivo de mais de 500 anos. Felizmente, ou lamentavelmente, coube a nossa geração enfrentar este passivo. Os conflitos que estão aparecendo não são invenção da Funai. A partir de 1988 era para o Estado resolver em cinco anos, e não fez. Está fazendo agora – disse Farias.

Maurício Gonçalves, coordenador do Conselho de Articulação do Povo Guarani no Rio Grande do Sul, concorda que o governo demorou – e ainda demora – demais para enfrentar a questão da demarcação das terras indígenas. Mas defende que os direitos dos povos tradicionais é anterior aos títulos de propriedade privada.

– Nosso direito é anterior a essas leis criadas pelos brancos, os indígenas já estavam aqui. É esse reconhecimento que nós queremos, para viver com dignidade, conforme os costumes dos nossos povos, e não na beira de estradas, embaixo de lonas.

João Maurício Farias, da Funai, concorda que é necessário enfrentar estes problemas legais para resolver os conflitos e acelerar o processo, e diz que já houve tentativas do governo federal de legislar de modo a permitir a indenização. Segundo ele, o senador Eduardo Suplicy teria proposto uma emenda para isto, mas durante a discussão no Congresso, ela sofreu alterações que descaracterizariam o processo.

– A emenda foi extravasada para liberar indenização até de grilagem de terras na Amazônia e o governo teve que voltar atrás. A indenização é um problema? Sim, e a gente tem que enfrentar, mas não assim.

Veja na íntegra:


http://www.youtube.com/watch?v=UFeHMy6URbY&noredirect=1#t=1173